domingo, 25 de março de 2012

Governo Admite Pibinho

Equipe econômica refez as contas e já considera remotas as possibilidades de o país crescer mais do que 3,5% em 2012 

Apesar de lançar todo o seu arsenal disponível para turbinar o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e das reiteradas declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo buscaria pelo menos 4% de crescimento, a equipe econômica jogou a toalha e já admite, internamente, que o avanço não passará de 3,5% em 2012. Projeções que circulam pela Esplanada apontam que a economia continuará engatinhando entre abril e junho e só reagirá mais fortemente no segundo semestre. Pouco tempo para reverter os resultados fracos do primeiros seis meses. 

Já trabalhando com esse cenário, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, esticou o horizonte do governo. "O ritmo da atividade econômica irá se acelerar ao longo deste e do próximo ano. Ou seja, teremos mais crescimento em 2012 do que tivemos em 2011 e, em 2013, possivelmente, mais do que neste ano", disse. Segundo ele, esse desempenho será sustentado pela "demanda interna, por estoques industriais" e pelo que chamou de "processo de flexibilização das condições macroeconômicas". 

Para o economista Raul Velloso, a conjuntura não permite outro desempenho senão esse em torno de 3,5% de crescimento em 2012. "O PIB teria que subir muito fortemente no segundo semestre para chegar a 4%, como quer o governo. Há uma impossibilidade matemática", avalia. Segundo ele, uma alavancagem forte do PIB, ancorada no consumo das famílias, poderia detonar uma nova subida das taxas de juros para segurar a inflação. 

O presidente da Latin Link Consultoria, Ruy Coutinho, concorda: "Teria que haver movimento de excitação da economia muito grande, que poderia refletir nos preços". Ele avalia que o governo deve trabalhar mesmo com horizontes mais dilatados e não com resultados bombásticos imediatos que não se repetem. "Não dá para agir com o objetivo apenas de fechar as contas e apresentar um bom número num determinado ano. Assim, vem um pibão num exercício e um pibinho no outro. Prefiro que seja um bom PIB sempre", resumiu ele, que chama essa visão de curto prazo de posicionamento tático em contraposição ao estratégico, de horizonte mais esticado. 

Menos consumo, mais poupança 
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse ontem que o Brasil precisa crescer, agora, por meio de investimentos e não mais via ampliação do crédito ao consumidor. "O ciclo do endividamento familiar é como sanfona. Abre, mas, a partir de certo momento, é preciso parar para poder expandir de novo", disse. Coutinho voltou a afirmar que é preciso elevar a taxa agregada de poupança do país e que os investimentos deveriam atingir 24% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, eles representam menos de 20%. "Isso é preciso para sustentar o crescimento com estabilidade", afirmou.



Fonte: http://www.transparenciacapixaba.org.br/noticia-detalhe.aspx?idNot=GOVERNO+ADMITE+PIBINHO+

quinta-feira, 22 de março de 2012

Prêmio Reconhece Competitividade de Micro e Pequenas Empresas


Nesta sexta-feira, 23, iniciativas de micro e pequenas empresas de todo o país serão reconhecidas. As vencedoras do MPE Brasil 2011, Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, serão conhecidas, em Brasília, em cerimônia que começa às 19h.
Serão premiadas as empresas que apresentaram as melhores práticas de gestão em oito categorias (indústria, comércio, serviços, turismo, tecnologia da informação (TI), saúde, educação e agronegócio). Haverá ainda dois destaques: para boas práticas de responsabilidade social e para novação.
As empresas foram escolhidas entre as 143 que conquistaram as etapas estaduais. Os 66 examinadores voluntários avaliaram a qualidade da gestão, da capacidade empreendedora do empresário e dos resultados alcançados a partir da implantação do modelo de excelência de gestão da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade).
Criada para incentivar a melhoria da qualidade da gestão nos pequenos negócios, a premiação é uma iniciativa do Sebrae, MBC (Movimento Brasil Competitivo, Gerdau e FQN) .
Ao todo, a edição 2011 do MPE Brasil contou com mais de 58 mil empresas inscritas e bateu recorde de candidatas que preenchem o questionário de autoavaliação da gestão: 32 mil, número 43% superior ao do ano passado.

Duas empresas paulistas estão no páreo

Duas empresas do interior de São Paulo concorrem ao prêmio. Selecionados nas categorias Indústria e Serviços de Saúde na etapa estadual, os representantes da Supera Componentes, de Jaguariúna, e Imlab, de Cerqueira César, concorrem com empresas de diferentes estados brasileiros pela utilização de ideias e difusão de valores como o aumento da qualidade, da produtividade e da competitividade em suas administrações.

segunda-feira, 19 de março de 2012

'Economia da web' no Brasil chegará a R$ 158 bilhões em 2016, diz estudo


A participação da internet na economia brasileira deve alcançar R$ 158 bilhões (US$ 89 bilhões) até 2016, segundo pesquisa da consultoria Boston Consulting Group divulgada nesta segunda-feira (19). De acordo com o levantamento, o valor deverá representar 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país até lá. Em 2010, a economia da internet representou R$ 81 bilhões, ou 2,2% do PIB.
Dos US$ 89 bilhões que a web deverá representar na economia do país em 2016, US$ 76 deverão ser referentes a consumo; US$ 21 bilhões, a investimentos; e US$ 8 bilhões, a gastos do governo. Desse valor, são descontados US$ 16 bilhões, referentes a exportações.
O grupo aponta que, em 2016, o varejo on-line brasileiro deverá alcançar US$ 36 bilhões, ante os US$ 15 bilhões de 2010.
G20
Considerando todos os países do G20, a economia da web deve alcançar US$ 4,2 trilhões. Nos países em desenvolvimento, o estudo projeta um crescimento anual de 17,8% da economia da web. Na Europa, a expansão deve ficar em 5,7%.
“Ao todo, a economia da internet no G20 vai quase dobrar entre 2010 e 2016, quando irá empregar 32 milhões de pessoas a mais do que hoje”, diz a consultoria no estudo.
O crescimento, diz a pesquisa, é impulsionado por dois fatores: mais usuários e acesso mais rápido. Até 2016 o mundo terá 3 bilhões de usuários de internet, quase metade da população mundial, ante os 1,9 bilhões de usuários em 2010.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Mirar no Publico Certo Cria Identificação entre Empresa e Consumidores


Você sabe em qual segmento vai atuar, mas já definiu que tipo de consumidor seu produto ou serviço vai atender? Definir o público-alvo é um passo essencial para o sucesso da empresa pois, somente quando se conhece o nicho de atuação e sua necessidade de consumo, a empresa é capaz de criar uma identificação com ele. 
Segundo o consultor do Sebrae-SP Marcelo Sinelli, não é possível uma empresa agradar ou satisfazer a todos os consumidores de um determinado segmento de mercado. Trabalhar com um nicho permite dar uma “cara” melhor ao negócio e otimizar os esforços. “Atender um público abrangente demais não dá certo. Os clientes não vão se identificar com a empresa”, afirma.
Descobrir quem é o seu público, no entanto, é uma tarefa trabalhosa. Para dar dicas de como conhecer e definir o público, foram entrevistados especialistas e consultores na área que estabeleceram cinco passos básicos.
O primeiro é pesquisar o funcionamento do setor de atuação em que a empresa pretende ingressar. Ao visitar concorrentes e levantar informações o empreendedor pode encontrar alguma necessidade não atendida dos consumidores que signifique uma demanda importante. Se o seu o produto ou serviço contemplar essa necessidade, será um diferencial que pode abrir oportunidades e gerar vendas.  “É importante se informar ao máximo, não dá para abrir negócio no achismo”, diz o consultor.
PESQUISA:
Levante o máximo de informações possíveis sobre o segmento no qual deseja ingressar e estude seus concorrentes. Isso ajuda a identificar necessidades não atendidas pelo mercado que podem criar um diferencial para sua empresa.
PÚBLICO:
Estude e converse com consumidores potenciais do seu produto. Descubra o quanto eles podem pagar, onde eles se concentram em maioria e qual o volume de procura que eles apresentam.
DIFERENCIAIS:
Determine alguns elementos do seu produto que serão nota dez o diferenciarão da concorrência. São por estes fatores que o público escolherá comprar da sua empresa e não do concorrente. Nos demais elementos, permaneça na média oferecida pelo mercado.
COERÊNCIA:
Escolha fornecedores e perfis de profissionais que possam proporcionar a entrega do produto que você se propôs a vender. Se o seu diferencial é a rapidez, por exemplo, dê preferência a profissionais ágeis.
ESTRUTURA:
Identifique se há espaços não preenchidos ou carência em alguma área da empresa. Deixar lacunas na estrutura da empresa pode comprometer o produto final oferecido ao público.